sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Quais são as cidades com mais arranha-céus no mundo?


A presença de arranha-céus em uma cidade pode dizer muita coisa sobre ela. Eles podem ser indicadores de riqueza, modernização, densidade ou uma combinação entre todos os três, dependendo de como você analisa. Esse potencial em observar as tendências de uma cidade através da altura de seus edifícios gera valiosos dados para indústrias e para empresas conduzirem e distribuírem pesquisas sobre temas como os edifícios mais novos, mais altos e mais caros do mundo. Veja, a seguir, as dez cidades com mais arranha-céus (edifício de 100 metros de altura ou mais) no mundo. 


1. Hong Kong:
Talvez, mais do que em qualquer outra cidade, a verticalidade para Hong Kong é uma necessidade absoluta. A geografia montanhosa das pequenas ilhas da cidade fez com que, por volta dos anos 1900, ela já estivesse inovando em métodos de construção verticais para se tornar um dos centros urbanos mais densos do planeta. A realidade é que não há espaço para fazer as coisas de forma diferente. Embora existam alguns destaques arquitetônicos em Hong Kong, como o prédio HSBC de Norman Foster e a Torre do Bank of China de I.M. Pei, a cidade é conhecida mais pela sua grande altura e densidade do que pelo edifícios individualmente. Juntos, os 1302 arranha-céus criam uma tapeçaria urbana que se tornou icônica em si. 


2. Nova York:
Outro exemplo notável de arquitetura inspirada na condição geográfica de ilha é o caso de amor de Nova York com os arranha-céus. Essa história se inicia no final do século XIX, quando edifícios altos migraram para o leste de Chicago. Depois de uma explosão populacional e do boom econômico do pós-guerra na década de 1920 foi possível fazer com que os prédios se tornassem mais altos do que nunca. O Chrysler Building e Empire State Building foram construídos neste período. Hoje, a cidade abriga o edifício mais alto dos EUA, One World Trade Center.


3. Tóquio:
Até 1963, as leis do Japão para padrões de construção limitaram a altura máxima de construção em 31 metros. Pouco tempo depois da alteração dessa lei, o Edifício Kasumigaseki, em Tóquio, tornou-se o primeiro arranha-céu moderno do país. Após a construção desse edifício, em 1968, Tóquio aumentou seu número de arranha-céus a cada ano, culminando em diversos projetos novos entre 1990 e 2000. Os terremotos freqüentes no país exigiram código de construção estrito que requer dos arranha-céus elementos específicos para implementar infra-estrutura de segurança, como amortecedores, grandes fundações e bases que podem se mover independentemente dos pavimentos acima. Os arranha-céus mais altos de Tóquio são, na sua maioria, edifícios de escritórios e de uso misto, com a notável exceção do Edifício do Governo Metropolitano de Tóquio, feito por Kenzō Tange, que era o mais alto da cidade na época da sua construção, em 1991. 


4. Chicago:
Embora tenha caído agora ao quarto lugar da na lista, Chicago já foi o berço do que muitos consideram ter sido o primeiro arranha-céu do mundo: o edifício de dez pavimentos do Home Insurance Building, feito em 1884 por William Le Baron Jenney. O edifício foi demolido mais tarde e o código de construção de Chicago proibiu a construção deles, mas a história da cidade abriu o caminho para uma segunda fase no projeto de arranha-céus. Nos anos 60 e 70, o John Hancock Center, Willis Tower (anteriormente Sears Tower) e o IBM Building, de Mies van der Rohe estabeleceram o tom para uma nova arquitetura de Chicago baseada no estilo internacional. Outro importante arranha-céu de Chicago do mesmo período foi o Marina Bay Towers, de Bertrand Goldberg, um dos maiores projetos residenciais do mundo no momento de sua construção, em 1964. 


5. Xangai:
Xangai é uma cidade dividida pelo rio Huangpu, e no seu lado oriental, Pudong, é onde estão os arranha-céus mais icônicos. Há trinta anos, Pudong era um anexo, sem importância, das terras cultivadas. Após o boom econômico da China, a região tornou-se o centro financeiro da cidade, bem como uma peça particularmente fotogênica da exibição de riqueza e modernidade do país. Os arranha-céus de Pudong, construídos a partir dos anos 90, são quase dolorosamente futuristas e a área é uma impressionante coleção de mega torres cintilantes. A recentemente concluída, Torre Shanghai, de Gensler, é agora a mais alta da China, e a segunda mais alta do mundo. 


6. Dubai:
Como outra cidade que sofreu uma recente e rápida verticalização, Dubai era um pequeno povoado deserta antes da descoberta do petróleo e da criação subseqüente dos Emirados Árabes Unidos, em 1971. Mesmo nos anos 90, ela era irreconhecível se comparada com a fantasia arquitetônica que é descrita hoje. As torres de Dubai e o planejamento urbano são o resultado de investimentos maciços na nova tecnologia de engenharia, e seus dois edifícios mais famosos são um testemunho disso. O Burj al Arab é um hotel de 320 metros e o Burj Khalifa é o edifício mais alto do mundo com 828 metros. 


7. Shenzhen: 
Shenzhen não existia há algumas décadas atrás. Em seu lugar havia uma pequena vila de pescadores - até 1980, quando se tornou a primeira Zona Econômica Especial da China, o que significava que permitia a iniciativa privada e os investimentos estrangeiros. Essa cidade é agora um dos principais pilares do Delta do Rio das Pérolas, um dos maiores centros de produção do país, com uma população de 11 milhões de pessoas. O afluxo de pessoas e negócios criou a necessidade e os meios financeiros para erupção de arranha-céus, como o Ping An Finance Center - o quarto edifício mais alto do mundo - que agora define a cidade. 


8. Toronto:
O Toronto-Dominion Center, de Mies van der Rohe, é uma coleção de 6 prédios modernistas de 222 metros cada, eles foram os primeiros arranhas-céus de Toronto, construídos em 1967. Nas décadas seguintes, hotéis e edifícios comerciais se mudaram para Toronto e os últimos dez anos viram um aumento no número de condomínios, cuja presença tem sido criticada por serem uniformes e alienantes para o cidadão. 


9. Guangzhou:
Como Shenzhen, Guangzhou é outra cidade do Delta do Rio das Pérolas que tem visto grande crescimento arquitetônico como resultado de sua economia industrial. Muitos de seus arranha-céus mais novos são agrupados ao redor da Torre Canton, onde moldam uma grande praça pública e uma área do parque com um fundo agradável, e homogêneo, de vidro azul. O resto da cidade segue uma arquitetura socialista mais tradicional, onde os edifícios residenciais em tons pastéis estão espalhados pelas ruas. 


10. Singapura:
No ano da sua independência, em 1965, Singapura era subdesenvolvida e com pouca infra-estrutura. Seu crescimento econômico nos anos 70/80 foi espelhado por um afluxo de arranha-céus modernistas no Estilo Internacional, um progresso que continuou na década de 2000. Por lei, os edifícios só são autorizados a chegar ao 280 metros, mas ao Tanjong Pagar Center, de SOM, foi dada permissão especial para ser construído até 290, e manteve-se o mais alto edifício do país desde então. Os outros edifícios mais altos de Singapura são o UOB Plaza e o One Raffles Place, construídos nos anos 70/80.

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